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Mundo em Evidência

17/06/2013 11h06 - Atualizado em 17/06/2013 17h55

Polícia enfrenta grevistas em protesto contra violência policial na Turquia

Sindicalistas chamaram greve geral em apoio a protestos antigoverno.
Vice de Erdogan ameaçou usar exército contra os manifestantes.

 

Polícia reprime protesto de sindicalistas nesta segunda-feira (17) em Istambul, na Turquia (Foto: AFP)Polícia reprime protesto de sindicalistas nesta segunda-feira (17) em Istambul, na Turquia (Foto: AFP)

A tropa de choque da polícia da Turquia enfrentou nesta segunda-feira (17) cerca de mil sindicalistas em greve em Ancara, a capital, após um fim de semana marcado por novos protestos violentos contra o governo do premiê Recep Tayyip Erdogan.

Os policiais usaram megafones para tentar conter a passeata que rumava para o bairro de Kizilay, no centro da cidade.

"Vocês que estão nas ruas devem parar de bloquear as ruas. Não sejam provocados. A polícia vai usar a força", gritavam os agentes, enquanto vários canhões de água eram posicionados nos arredores.

Outras passeatas estavam programadas em Istambul, apesar dos alertas do governo de que manifestações não serão toleradas.

"Há uma tentativa de trazer as pessoas para as ruas por meio de greves e paralisações trabalhistas. Isso não será permitido", disse a jornalistas o ministro do Interior, Muammer Guler.

No fim de semana, a polícia usou gás lacrimogêneo e jatos d'água para dispersar milhares de manifestantes que estavam concentrados nos arredores da Praça Taksim e do Parque Gezi, epicentro dos protestos contra o governo iniciados no começo de junho.

A polícia deteve 441 pessoas no domingo em Istambul, e 56 em Ancara. Em 18 dias de protestos, pelo menos quatro pessoas morreram e cerca de 5.000 ficaram feridas, segundo a Associação Médica Turca.

O 1ue começou como uma pequena manifestação de ambientalistas contra a construção deum shopping num parque vizinho à praça Taksim se transformou em um movimento nacional contra o premiê Erdogan, islamita e conservador, acusado por seus oponentes de ser autoritário e interferir demasiadamente na vida da população.

"Estamos cansados de protestar, não queremos continuar fazendo isso, queremos voltar às nossas vidas, mas estamos cansados desse governo opressivo interferindo constantemente", disse o professor Mahmet Cam, que protestava em Ancara.

Houve confrontos na segunda-feira também na cidade de Eskisehir, cerca de 200 quilômetros a sudeste de Istambul, onde a polícia usou gás lacrimogêneo e jatos d'água para dispersar uma multidão, segundo a agência de notícias Dogan.

Stefan Fuele, comissário da União Europeia para assuntos de ampliação do bloco, manifestou preocupação com a situação na Turquia cujo processo de adesão à UE foi atrapalhado em parte devido a questionamentos sobre os direitos humanos e a liberdade de expressão no país.

"A Turquia precisa de uma desescalada e de um diálogo, não da continuação do uso excessivo da força contra manifestantes pacíficos, observamos com preocupações", escreveu ele pelo Twitter.

O governo também ameaçou usar o exército para impedir novas manifestações, disse nesta segunda o vice-primeiro-ministro Bulent Arinç.

"A polícia utilizará de todos os meios que confere a lei", declarou Arinç em entrevista à TV.

"Se isso não for suficiente, as Forças Armadas turcas poderão ser utilizadas nas cidades sob a autoridade dos governadores das regiões", acrescentou.

Guardião autoproclamado da Turquia laica, o Exército turco interviu por muito tempo na política, principalmente nos golpes de Estado. Ao chegar ao poder, Erdogan minou o poder militar, ao expurgar e reabrir julgamentos contra sua hierarquia.

'Dever'
Erdogan, no poder desde 2002, justificou a ação policial aos cerca de 100 mil simpatizantes de seu Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) no domingo à noite em Istambul.

"Eu disse que nós tínhamos chegado ao fim. Tinha ficado insuportável. Ontem, a operação foi realizada e (a Praça Taksim e o Parque Gezi) foram limpas (...) Era meu dever de primeiro-ministro", afirmou.

'Não deixaremos essa praça com terroristas', insistiu, referindo-se aos movimentos políticos clandestinos envolvidos nas manifestações na Praça Taksim.

Durante mais de duas horas de um discurso acusador, Erdogan criticou a imprensa internacional, acusando-a de ser cúmplice dos 'terroristas', o Parlamento Europeu que passa dos 'limites' e os 'saqueadores' que destroem o país.

 

Pressão europeia
A pressão sobre Erdogan tem aumentado por parte de seus vizinhos europeus. Segundo a chanceler alemã Angela Merkel, a repressão das manifestações contra o governo turco é "muito dura".

"Imagens terríveis nas quais víamos uma reação de forma muito dura, segundo o meu ponto de vista", disse Merkel, que pediu mais uma vez à Turquia que respeite a liberdade de expressão em uma entrevista que o canal RTL exibirá nesta segunda-feira.

No início da onda de contestação, em 31 de maio, a polícia agiu com violência para dispersar militantes ambientalistas que protestavam contra a destruição anunciada do Parque Gezi e de suas 600 árvores.

A ira provocada por essa operação suscitou a maior revolta contra o governo islâmico conservador desde a sua chegada ao poder em 2002.

Nas maiores cidades do país, dezenas de milhares de manifestantes exigem a renúncia de Erdogan, acusado de autoritarismo e de querer "islamizar" a sociedade turca.

Parte da juventude turca critica, principalmente, os projetos de leis sobre as limitações ao direito ao aborto e a utilização de pílulas do dia seguinte, assim como a proibição da venda de álcool após as 22h00.

De acordo com o último registro do sindicato dos médicos turcos, quatro pessoas morreram e cerca de 7.500 ficaram feridas desde o início da contestação, em 31 de maio.

Os sindicatos DISK e KESK já haviam convocado dois dias de greve há duas semanas para apoiar os manifestantes que levaram centenas de milhares de pessoas para as ruas.

Mas Erdogan, de 59 anos, continua a contar com uma forte base de apoio. O AKP venceu as últimas três eleições, com quase metade dos votos em 2011, e o país registrou nos últimos anos um forte crescimento econômico.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/06/policia-enfrenta-grevistas-em-protesto-contra-violencia-policial-na-turquia.html

15/06/2013 12h58 - Atualizado em 15/06/2013 15h20

Moderado Hassan Rohani é eleito presidente do Irã em primeiro turno

Clérigo venceu candidatos conservadores e vai suceder Ahmadinejad.
Ele afirmou que resultado foi 'vitória da moderação sobre o extremismo'.

 

Do G1, em São Paulo

 
 
 
 
Partidários de Hassan Rowhani celebram sua vitória neste sábado (15) em Teerã (Foto: AFP)Partidários de Hassan Rowhani celebram sua vitória neste sábado (15) em Teerã (Foto: AFP)

O clérigo moderado Hassan Rohani foi eleito presidente do Irã em primeiro turno, anunciou neste sábado (15) o Ministério do Interior.

A vitória foi anunciada pelo ministro do Interior, Mostafa Mohammad-Najjar, na TV estatal.

Segundo o ministro, 72% dos mais de 50 milhões de eleitores credenciaram votaram, e Rohani obteve 18,6 milhões de votos (50,68%), mais que os 50% necessários para evitar um segundo turno.

Rohani, de 64 anos, derrotou com facilidade três oponentes conservadores "linha dura" com ampla vantagem: o prefeito de Teerã, Mohammad Bagher Ghalibaf; oex-chefe dos Guardiões da Revolução, Mohsen Rezai; e o atual chefe dos negociadores nucleares, Said Jalili.

Os outros dois candidatos, o ex-chefe da diplomacia Ali Akbar Velayati e Mohammad Gharazi, receberam uma votação inexpressiva.

Em sua primeira declaração após a votória, ele afirmou que sua eleição foi "a vitória da moderação sobre o extremismo" e pediu que o Irã seja reconhecido pela comunidade internacional.

"Esta vitória é a da inteligência, da moderação, do progresso  sobre o extremismo", disse, na TV estatal.

Para analistas, a vitória do candidato apoiado pelos campos moderado e reformista não deve marcar uma guinada na política da República Islâmica em temas estratégicos como o nuclear ou as relações internacionais, que estão sob a autoridade direta do guia supremo, o aiatolá Ali Khamenei.

O aiatolá Khamenei saudou o resultado, segundo seu site oficial.

"Felicito ao povo e ao presidente eleito", disse, acrescentando que "todo o mundo deve ajudar o novo presidente e seu governo".

A eleição foi realizada em meio a uma grave crise econômica provocada pelas sanções internacionais impostas ao Irã em razão de seu polêmico programa nuclear e quatro anos após a vitória, contestada nas ruas, do conservador Mahmud Ahmadinejad.

Apesar de alta, a taxa de participação nesta eleição ficou bem abaixo da de 2009, quando 85% dos iranianos aptos a votar compareceram às urnas, de acordo com as autoridades.

A campanha foi morna, e nenhuma irregularidade foi constatada, segundo o Conselho dos Guardiões da Constituição, mas o relator especial da ONU para os direitos humanos no Irã, Ahmed Shaheed, havia considerado antes da votação que o ambiente político no país não permitia classificar o processo de "livre e igualitário".

Ligado ao ex-presidente moderado Akbar Hachemi Rafsandjani, Rohani foi beneficiado pela desistência do candidato reformista Mohammad Reza Aref e recebeu o apoio do líder dos reformadores, Mohammad Khatami.

Como representante do aiatolá Khamenei no Conselho Supremo de Segurança Nacional, ele defende mais flexibilidade no diálogo com o Ocidente. Ele mesmo dirigiu esse diálogo para os iranianos entre 2003 e 2005 sob a presidência de Khatami. Durante a campanha, Rohani mencionou possíveis discussões diretas com os Estados Unidos, inimigo histórico do Irã.

A maioria dos eleitores compartilha as mesmas preocupações: a crise econômica provocada pelas sanções internacionais e que causou um aumento do desemprego, uma inflação superior a 30% e uma desvalorização do rial de cerca de 70%.

As sanções foram impostas para obrigar o Irã a interromper suas atividades de enriquecimento de urânio, apesar da rejeição do país de que esteja querendo produzir a arma atômica.

Segundo a Constituição, o presidente é a segunda maior autoridade do Estado, atrás do aiatolá, e suas capacidades de ação são limitadas em questões estratégicas, como a nuclear.

Israel, o outro grande inimigo do Irã, e os Estados Unidos ressaltaram que a eleição não deve trazer mudanças para a política iraniana.

 

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/06/moderado-hassan-rohani-e-eleito-presidente-do-ira-em-primeiro-turno.html